cadavre exquis
“Le cadavre exquis boira le vin nouveau.”
O cadaver esquisito, inventado por volta de 1925 pelos surrealistas, era um jogo que procurava a desconstrução, o aleatório, o acaso. O jogo é uma composição feita a várias mãos, em sequência. Poderá ser jogado com desenho, com texto, com colagem, com música, com animação, etc.
“The image is a pure creation of the mind. It cannot be born from a comparison but from a juxtaposition of two more or less distant realities. The more the relationship between the two juxtaposed realities is distant and true, the stronger the image will be.”
[Pierre Reverdy, Nord-Sud, March 1918]
Interessa-me pensar nestes jogos finalizados como uma justaposição de realidades, com uma força e uma personalidade que adquirem por serem feitos por várias pessoas.
Proponho-me a fazer uma reflexão teórica sobre o jogo, transpondo-o para os dias de hoje, e para artistas contemporâneos que trabalhem numa base de desconstrução também algo aleatória. Procurarei então trabalhos e artistas que se assemelhem à ideologia do cadaver esquisito, que reúnam também uma força e uma personalidade intrínsecas ao – de alguma forma – passar o testemunho outros.