Projecto
FBAUP
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
Seminário de Pintura
Nas primeiras décadas do século XX muitos artistas plásticos e escritores de vanguarda experimentavam e pesquisavam as novas descobertas da mente inconsciente como meio para estimular o processo de criação. O auge dessas actividades foi durante o movimento artístico/literário chamado Surrealismo, fundado em 1924 em Paris, pelo escritor e cirurgião militar André Breton, que havia estudado esses fenómenos psíquicos e as técnicas psicanalíticas com Freud, as quais foram determinantes para o desenvolvimento da teoria e da obra surrealista.
É sob esta influência freudiana, que o movimento Surrealista tentou transportar para os diversos campos da criação artística – da literatura ao cinema – o que perturbava a mente humana, através dos mais secretos aspectos do inconsciente, procurando no imaginário onírico a inspiração para as suas obras.
O que me proponho neste trabalho, é tratar o plano da metodologia surrealista da criação artística, abordando as suas principais preocupações, bem como os seus processos mais recorrentes.
Assim sendo, apontarei como principais questões, a dissolução das fronteiras entre sonho ou alucinação e realidade, a abertura ao acaso, o automatismo e a associação livre, passando pela escrita automática, a interpretação de sonhos, bem como a fase do semi sono, os sonos hipnóticos e ainda a procura dos estados alterados.
Maria Isabel do Vale Machado e Machado Guimarães
Nº 001202012, Curso Artes Plásticas – Escultura